Entrevista sobre doença celíaca no fantastico.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pratos e sobremesas sem glúten

Bolo de laranja:


Ingredientes:
1/2 copo de óleo de canola
1 copo cheio de açúcar ou frutose ou adoçante culinário
Suco de 3 laranjas ou maçãs
1 pitada de sal
2 copos e 1/2 de farinha de arroz (pode ser utilizado arroz japonês cru moído no liquidificador)
1 colher de sopa bem cheia de fermento para bolo
1 colher de café de farinha de linhaça 


Modo de fazer:
1- Bata todos os ingredientes no liquidificador;
2- Despeje a massa numa forma untada com óleo;
3- Leve ao forno médio pré aquecido para assar por 30 minutos.


Bolo de cenoura:


Ingredientes:
3 cenouras médias
2 xícaras de adoçante para forno e fogão 
2 xícaras de chá de creme de arroz
¾ de xícara de chá de óleo ou se não quiser óleo substituir por suco de laranja
3 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó


Modo de fazer:
1- Bata no liquidificador as cenouras, o açúcar, o óleo e os ovos;
2- Despeje em assadeira untada e polvilhada com creme de arroz. Asse por 25-30 minutos.


Macarrão de quinua com tomates frescos 


Ingredientes:
100 gramas de macarrão de quinua
2 tomates médios
3 dentes de alho
Manjericão fresco à gosto
1 colher de chá de sal
½ colher de sopa de azeite de oliva


Modo de fazer:
1- Cozinhe o macarrão de quinua até ficar ao dente e reserve;
2- Em uma panela antiaderente, refogue o alho com os tomates picados sem pele e sem sementes em pedaços grandes;
3- Quando estiverem macios, acrescente o azeite e as folhas de manjericão, mantenha em fogo baixo por alguns minutos. Tempere o macarrão com esse refogado e sirva a seguir.


Quinua com cebola:


Ingredientes:
1 colher de sopa de óleo de canola
1 xícara de cebola picada 
1/3 de xícara de quinua
2/3 de xícara de água


Modo de fazer:
1- Misture o óleo e a cebola na panela antiaderente por 5 minutos, ou até dourar;
2- Lave a quinua e coloque em uma panela com água e deixe até ferver;
3- Reduza o fogo e deixe cozinhando por mais 10 a 15 minutos, até toda a água ser absorvida;
4- Misture a quinua com a cebola e sirva morno com vegetais.


Tabule de quinua:


Ingredientes:
200 gramas de quinua em grãos
2 cenouras médias
200 gramas de pepino 
1 cebola média
1 pimenta vermelha 
Cebolinha à gosto
Azeite de oliva extravirgem


Modo de fazer:
1- Coloque para cozinhar a quinua com sal (1 parte de quinua para 2 partes de água filtrada), fogo baixo e panela tampada por 10 ou 15 minutos;
2- Cozinhe as cenouras e a pimenta vermelha picada durante 3 minutos;
3- Misture a cebola ralada com azeite, junte com a quinua e misture bem;
4-Acrescente as verduras, e decore com as cebolinhas cortadas.


Empadão de grão-de-bico com palmito


Ingredientes:
200 gramas de palmito fresco
200 gramas de grão-de-bico
Cheiro verde picado (um molho)
Sal a gosto
Alho a gosto
Azeite de oliva a gosto


Modo de fazer:
1- Deixe o grão-de-bico de molho por 2 horas. Cozinhe com um pouco de sal até ficar macio;
2- Escorra e passe na peneira ou espremedor de batata;
3- Bata com um pouco de azeite e forre uma vasilha refratária, deixando um pouco de massa para cobrir a torta;
4- Faça um refogado com azeite e alho. Coloque o palmito picado e o cheiro verde, tempere com sal e cozinhe até ficar macio;
5- Recheie o refratário e cubra com o restante do purê;
6- Pincele com azeite e leve ao forno para dourar.

Convite para oficina de culinária da Páscoa dia 09.04.11

Associação dos Celíacos do Brasil - ACELBRA
Seção Distrito Federal

Centro de Pesquisa, Diagnóstico, Tratamento e Apoio aos Pacientes Celíacos do DF
A doença celíaca no âmbito da segurança alimentar e nutricional sustentável
Brasília, 19 de março de 2011.


A Associação dos Celíacos de Brasília- Acelbra-DF e o Centro de Pesquisa, Diagnóstico, Tratamento e Apoio aos Pacientes Celíacos do DF, convidam Vossa Senhoria a participar da Oficina de Culinária, que acontecerá no dia 09 de abril de 2011, das 08:00hs às 12:00hs, na Faculdade de Ciências da Saúde - UNB, na Sala 108 (Laboratório de Técnica Dietética).

Neste dia vamos comemorar a Páscoa e aprender 3 (três) novas receitas maravilhosas feitas com chocolate, estas receitas foram desenvolvidas pela Dra. Renata Zandonadi e suas alunas.

Solicitamos, aos participantes que se assim quiserem, levar um prato quente ou frio para que possamos fazer uma festa bem agradável. Para tanto, solicito informar qual o prato e também se possível levar a receita para que possamos trocar na oficina.

Teremos algumas crianças e adultos que necessitam de nossa ajuda, então, se você quiser levar alimentos para que possamos fazer uma cesta para elas, tenho certeza que você fará uma destas pessoas muito feliz.

Maiores informações, favor entrar em contato com a Associação, telefone 9966-4129, 8520-1206 ou 3411-2056 recado, ou pelos e-mails acelbradf@gmail.com / paulorfs80@gmail.com e paulorfs@planalto.gov.br

Atenciosamente,


Paulo Roberto Ferreira da Silva Presidente da Associação dos Celíacos de Brasília - Acelbra-DF

Intolerância ao glúten pode ser mais comum do que se imagina, dizem especialistas

Na próxima vez em que sentir preguiça de preparar uma refeição com ingredientes frescos e variados, pense duas vezes. O consumo exagerado de pães, massas, lanches e comidas prontas tem sido considerado o gatilho de uma reação orgânica classificada como "alergia alimentar tardia", também conhecida como intolerância, sensibilidade ou alergia escondida. O principal vilão, nesse caso, seria o glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio. A intolerância ao componente pode afetar a saúde e, segundo especialistas, o problema é mais comum do que se imagina.

Os sintomas da sensibilidade ao glúten incluem diarreia ou prisão de ventre, anemia, osteopenia, rinite, sinusite, alterações na pele, doenças autoimunes, enxaqueca, depressão, sensação de inchaço, aumento da gordura abdominal ou emagrecimento, entre outros. 

Segundo os nutricionistas, a retirada dessa proteína da dieta geralmente leva à melhora ou ao desaparecimento dos sinais. “No âmbito da nutrição, já existem vários estudos que comprovam que o abuso do glúten pode prejudicar a saúde como um todo”, explica a nutricionista clínica funcional Denise Madi Carreiro.

Já entre os médicos, a questão é polêmica: evitar o consumo do glúten só se justifica no caso específico da doença celíaca, uma intolerância permanente à proteína que afeta o intestino delgado. “Para diagnosticá-la, é necessário submeter-se a exames específicos”, adverte a médica Vera Lúcia Sdepanian, chefe da disciplina de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Para quem sofre de doença celíaca, o consumo do glúten provoca um ataque do sistema imunológico, que danifica a estrutura da mucosa do intestino delgado, impossibilitando a absorção de nutrientes vitais.

Em 2007, o European Journal of Gastroenterology & Hepatology publicou uma pesquisa dirigida pela médica, onde se observou um grupo de 3.000 doadores de sangue. O resultado mostrou que, em cada 214 pessoas, ao menos uma era portadora da doença celíaca. “Usamos o termo 'ao menos', porque alguns desses doadores não aceitaram fazer a biópsia necessária", conta a médica.

Os dados mostram que a prevalência da patologia é alta na população brasileira. "Partindo dessa premissa, é possível que deixar de consumir glúten possa mesmo trazer benefícios para um grande número de pessoas; mas é preciso ser criterioso e submeter-se a um diagnóstico preciso”, defende.

"Envenenamento progressivo"

O médico Attilio Speciani, especialista em alergia e imunologia e diretor científico do Servizi Medici Associati (SMA), na Itália, explica que existem dados científicos que mostram a estreita relação entre alimentação e inflamações. Cita como exemplo a identificação do BAFF (B Cell Activity Factor), cuja ação inflamatória e imunomoduladora explica por que a alergia alimentar tardia causa sintomas em cascata. “As reações são muitas, e não devem ser desprezadas, pois se assemelham a um envenenamento progressivo e lento”, diz. 

“Na prática, o organismo reconhece o inimigo, fica de olho, procurando limitar seus danos. Se a introdução do alimento persiste, o sistema perde o controle, o processo inflamatório se intensifica, e os sintomas se exacerbam”, acrescenta Speciani.


Epidemia silenciosa


Segundo o gastroenterologista John Cangemi, da Clínica Mayo, nos EUA, estudos indicam que, para cada pessoa diagnosticada, há outras 30 que provavelmente sofrem de doença celíaca e não sabem.


O nutricionista clínico Thomas O'Brian, da Institution for Functional Medicine, também nos EUA, afirma que, em seu país, uma em cada quatro crianças examinadas são celíacas. Quando alguém lhe pergunta se há um sintoma mais evidente, ele costuma usar uma frase de um gastroenterologista pediátrico da Nova Zelândia, Rodney Ford: “O sintoma comum da intolerância ao glúten é estar doente”. Segundo o especialista, em qualquer tipo de doença, essa alergia deve ser considerada.


Para  O'Brian, essa hipersensibilidade ao glúten é uma epidemia silenciosa e todas as especialidades médicas deveriam dar maior atenção ao fenômeno. “Há pelo menos treze razões possíveis para o aumento de sua manifestação, mas a causa mais comentada é a modificação dos fenótipos e genótipos das plantas nos últimos 20 anos”.


Na opinião de Carreiro, porém, o problema é resultado da substituição de uma dieta equilibrada  por alimentos de fáceis preparo, acesso e consumo. “É claro que eles tendem a ser até mais saborosos, mas o que se vê é realmente um abuso. Pão no café da manhã, massas no almoço e no jantar e, para o lanche, bolachas! Quando o trigo é substituído por outros carboidratos e por tempo determinado, a pessoa reaprende a comer e os benefícios são muitos", diz. Para a nutricionista, não é o caso de declarar guerra ao glúten, nem declará-lo mocinho ou vilão. "O fato é que seu consumo tem sido desenfreado”, finaliza.


A médica Vera Lúcia Sdepanian, chefe da disciplina de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), concorda que muita gente pode ter a doença sem ter conhecimento: “Se você se identifica com os sintomas ou sabe de algum conhecido que sinta o mesmo, o melhor a fazer é procurar um especialista que seja capaz de fazer um diagnóstico preciso. E este prevê sorologia para antitransglutominase (IgA) e anticorpo antiendomísio, além de uma biópsia do intestino”.


Leve ou grave


Os gastroenterologistas advertem que a intolerância ao glúten acontece de duas maneiras muito específicas: ou se trata de uma alergia do tipo imediata, e há uma reação imunológica violenta – nesse caso, nem seria necessária a ingestão, bastaria apenas tocar farinha de trigo, miolo de pão – ou é a doença celíaca. “Predisposição genética é um fator envolvido, pode se manifestar em qualquer tempo e idade, mas geralmente já é identificável no primeiro ano de vida”, explica Sdepanian.


Mas O'Brien diz que há uma diferença entre uma intolerância “leve” e a doença celíaca: “Na doença, a sensibilidade ao glúten se manifesta no intestino com total lesão da mucosa intestinal. Já a intolerância se manifesta em qualquer lugar do corpo, incluído o intestino. Por exemplo, a síndrome do intestino irritável sem doença celíaca melhora sensivelmente com uma dieta sem glúten.”


Riscos


O problema do diagnóstico tardio não é o incômodo causado pelos sintomas, que muitas vezes são desprezados. “O risco é que essa constante resposta imunológica pode desencadear doenças autoimunes, terceira causa de mortalidade e deficiência no mundo industrializado”, declara O'Brian. De acordo com o especialista, essas doenças são dez vezes mais comuns entre os celíacos.


Como o diagnóstico é considerado difícil, o conselho médico é procurar profissionais  familiarizados com esse tipo de doença.  “Com a mesma frequência que ela passa despercebida em muitos exames médicos, os diagnósticos podem ser feitos sem comprovação suficiente. E isso poderia levar  à adoção de dietas severas, muitas vezes por razões erradas”, observa Cangemi.  “A conduta correta é fazer uma biópsia para confirmar um caso de doença celíaca”, completa.