Entrevista sobre doença celíaca no fantastico.

terça-feira, 28 de julho de 2009

QUEIJO MINAS PADRÃO SEM LACTOSE


Também chamado de “meia cura”, esse queijo é levemente maturado, diferenciando-se um pouco do sabor do queijo minas frescal. O Queijo Minas Padrão sem lactose passa por um processo de hidrolização do leite, através do uso da enzima lactase, quebrando a lactose. O resultado é um queijo com teor de lactose bastante reduzido (redução de aproximadamente 95%), adequado para pessoas com Intolerância a Lactose.

Mantêm as características do queijo minas, de coagulação enzimática, apresenta crosta amarelada e é branco por dentro. Seu sabor é suave, de consistência macia e textura fechada.

Produzido com leite de vaca integral pasteurizado, cloreto de cálcio, coalho líquido, sal e enzima lactase, apresenta um teor de lactose não significativo, na proporção de 0,08g a cada 100g. Percentual este discriminado no laudo de análises físico químicas, realizado pelo laboratório Agrolab. Laboratório, este Certificado ISO 9001:2000 e selo do INMETRO,

A enzima lactase acrescida ao leite age diretamente nas moléculas de lactose, quebrando-as e desdobrando o açúcar do leite, a lactose, em moléculas menores para que estas possam ser absorvidas por pessoas que têm intolerância à lactose.

Este queijo é amplamente consumido e recomendado pelos médicos a pacientes que apresentam sintomas de intolerância ao açúcar do leite.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

DERMATITE HERPETIFORME

Pode ser considerada uma variante da Doença Celíaca, onde o paciente apresenta lesões de pele pruriginosas apresentando também intolerância permanente ao glúten.A Dermatite Herpetiforme, ou doença de Duhring-Brocq, é uma doença cutânea crônica e benigna que se caracteriza por uma sensação de queimadura intensa e coceira.

CRENÇA:

A Doença Celíaca e a Dermatite Herpetiforme não têm ligação uma com a outra.

REALIDADE:

Os pacientes com Dermatite Herpetiforme podem apresentar sinais ou sintomas da Doença Celíaca ou não, mas podem apresentar uma biópsia intestinal positiva. Uma dieta sem glúten pode ajudar a controlar a presença de erupções cutâneas presentes na Dermatite Herpetiforme.

CAUSAS:

Os fatores genéticos, o sistema imunológico e a sensibilidade ao glúten exercem um papel importante nesta doença. Porém a verdadeira causa ainda é desconhecida.

INCIDÊNCIA:

A Dermatite Herpetiforme atinge tanto mulheres quanto homens, na proporção de uma pessoa em cada 100.000. Ela é mais comum em brancos do que em negra e rara na população japonesa. Ela inicia seu aparecimento com maior freqüência no fim das segundas e quartas décadas de vida.

CARACTERÍSTICAS:

Cada nova lesão é avermelhada, saliente, mede habitualmente menos de um centímetro de diâmetro e contém uma vesícula ou bolha. Porém, se a lesão for coçada, uma crosta aparecerá na sua superfície. Além disso, a sensação de queimadura ou picada é diferente de uma coceira comum e pode ser sentida de 8 a 12 horas antes do aparecimento da lesão.

REGIÕES AFETADAS:

As regiões mais afetadas do corpo são os cotovelos, os joelhos, a nuca, o couro cabeludo, a parte superior das costas e as nádegas. O rosto e a borda dos cabelos podem também ser atingidos. O interior da boca é raramente afetado. As coceiras têm uma distribuição uniforme

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico é feito por biópsia de pele retirada próxima de uma lesão.

ANOMALIAS INTESTINAIS ASSOCIADAS:

A Biópsia do Intestino Delgado de um indivíduo portador da Dermatite Herpetiforme pode revelar alterações ou danos intestinais similares aos indivíduos atingidos pela Doença Celíaca (Enteropatia ao Glúten). Porém, estes danos e sintomas são geralmente menores nos portadores da Dermatite Herpetiforme que nos indivíduos portadores da Doença Celíaca. Os portadores de Dermatite Herpetiforme normalmente não apresentam distúrbios intestinais. Uma porcentagem porém, sofre de diarréias, "barriga d’agua", evacuação intensa ou câimbras intestinais. Caso os intestinos são fortemente atingidos, os indivíduos portadores da Dermatite Herpetiforme podem apresentar sinais de subnutrição.

OUTROS SINTOMAS ASSOCIADOS:

Encontra-se uma incidência cada vez maior de: Anemias perniciosas (deficiência em vitamina B12) , doenças ligadas à tireóide, e Linfomas intestinais.

TRATAMENTO:

Trata-se a doença com uso de medicamentos e de um regime alimentar.

MEDICAMENTOS:

SULFONAS: A resposta é espantosa. Em menos de 24 a 48 horas, a sensação de queimadura diminui e as coceiras começam a desaparecer. O objetivo é de administrar a menor dose possível suscetível de controlar as coceiras e sensações de queimadura. Este medicamento não faz nenhum efeito sobre as anomalias intestinais.

REGIME ALIMENTAR: Dieta isenta de glúten. A eliminação da ingestão do trigo, centeio, cevada, aveia e seus derivados, resultam em:

-Desaparecimento do ataque intestinal.

-Melhora da condição cutânea.

-Redução ou mesmo eliminação da necessidade de Sulfonas para controle das erupções cutâneas.

-Diminuição do risco de câncer.

Porém, não há cura. Mais pesquisas serão necessárias antes de se poder responder a todas as questões sobre as causas da Dermatite Herpetiforme e do elo existente entre as anomalias cutâneas e intestinais

FONTE: ASSOCIAÇÃO DOS CELÍACOS DO BRASIL - ACELBRA

A DC (DOENÇA CELÍACA)

Quando o intestino de um celíaco tem de suportar uma alimentação sem restrições, o glúten dos cereais habitualmente consumidos vai provocar alterações tão profundas que impedem o normal aproveitamento dos alimentos e levam ao aparecimento dos sintomas.

Se o glúten for retirado essas alterações desaparecem e tudo volta ao normal... Desde que o doente não deixe de cumprir a dieta!

Esta doença pode aparecer em qualquer idade desde que o glúten já tenha sido incluído na alimentação. O habitual é surgir pelo segundo ou terceiro semestre da vida (entre os 6 e os 20 meses de idade), alguns meses depois da introdução das farinhas na alimentação (papas, pão, bolachas, etc.). A criança começa a perder o apetite, deixa de aumentar de peso, torna-se triste e irritável, as dejeções começam a ser mais freqüentes, moles e volumosas (diarréia) e o abdômen (a "barriga") torna-se mais saliente e distendido.

Se o diagnóstico não for feito e a dieta instituída, a situação vai-se agravando e a criança atinge por vezes estados de desnutrição muito grave. Num pequeno número de casos os sintomas são diferentes: às vezes aparecem apenas vômitos de repetição, dores abdominais de intensidade variável, prisão de ventre ou apenas um atraso de crescimento sem explicação aparente.São sintomas que só um médico experiente associa à doença celíaca e que podem levar muito tempo para serem diagnosticadas.

Por razões que desconhecemos, as manifestações da doença são geralmente mais intensas nos primeiros anos de vida e tendem depois a diminuir de intensidade. Assim, na criança mais velha e no adolescente, as falhas na dieta não levam muitas vezes à diarréia e o doente continua a sentir-se bem. Este fato pode levar como já vimos, ao abandono do tratamento.

Infelizmente a doença celíaca não tem cura pelo que a reintrodução do glúten na alimentação determinará mais tarde ou mais cedo o reaparecimento de alguns sintomas: anemia, aumento discreto do volume do abdômen, baixa no rendimento escolar, paragem do crescimento, ausência ou perturbações da menstruação e, no adulto, baixa de fertilidade ou mesmo esterilidade. Deve, portanto acentuar-se que uma vez estabelecido com segurança o diagnóstico, A DIETA TERÁ DE SER CUMPRIDA DURANTE TODA A VIDA!!!

O que ainda não está perfeitamente esclarecido é a razão pela qual só algumas pessoas são intolerantes ao glúten e desenvolvem a doença. É natural que intervenham aqui fatores relacionados com a alimentação do indivíduo, o que poderá de alguma forma justificar a inexistência desta patologia nos países do oriente onde a base alimentar não é o trigo.

Hoje, porém não restam dúvidas de que existe uma predisposição hereditária claramente transmitida, pois as famílias de celíacos contam com um número de doentes francamente superior ao que seria de esperar na população em geral. Os estudos efetuados permitiram calcular ser cerca de 10 vezes maior o risco de reaparecimento da doença após o primeiro caso num dos pais ou irmãos.

Quando a doença existe em parentes afastados, este risco é muito menor. Será provavelmente da conjunção destes dois tipos de fatores que resulte o terreno favorável para o aparecimento da doença. Esta parece corresponder a uma perturbação do sistema de defesas do organismo que, em conseqüência disso, reagiria de forma anormal ao glúten alimentar provocando assim as alterações da mucosa intestinal e, em última análise, o aparecimento dos sintomas.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS MAIS COMUNS?


O quadro clínico da doença se manifesta com e sem sintomas. No primeiro caso, há duas formas:

A CLÁSSICA

É freqüente na faixa pediátrica, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida, ao introduzirmos alimentação à base de papinha de pão, sopinhas de macarrão e bolachas, entre outros industrializados com cereais proibidos. Caracteriza-se pela diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.

NÃO CLÁSSICA

Apresenta manifestações monossintomáticas, e as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção. Pode ser por exemplo, anemia resistente a ferroterapia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alteração do esmalte dental, esterilidade e osteoporose antes da menopausa.

ASSINTOMÁTICA

E se não houver sintomas? Há ainda, a doença na forma assintomática. São realizados nestes casos, exames (marcadores sorológicos) em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%). Se não tratada a doença, podem surgir complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade.

FONTE: ASSOCIAÇÃO DOS CELÍACOS DO BRASIL - ACELBRA

UMA HISTÓRIA LONGA, MAS INTERESSANTE.

Desde que nossos ancestrais primitivos deixaram de ser apenas caçadores nômades e aprenderam a domesticar plantas, entre elas o trigo descobrindo a Agricultura, inciou-se então a fabricação de um dos mais antigos alimentos que se tem notícia, o Pão. Seu rendimento era tal que permitiu a permanência em um determinado lugar diminuindo a necessidade de migrar de uma área para outra na busca constante de fontes de alimento, levando a criação da civilização. E por consequencia, o risco de ter a "Doença Celíaca".

O primeiro diagnóstico que sem tem notícia foi dado por um grego chamado "Aretaeus da Capadócia" que no século II, ao observar doentes com um certo tipo de diarréia usou o termo "Koiliacos" ou aqueles que sofrem do intestino.

Em 1888, o médico pesquisador inglês "Samuel Gee" descreve em detalhes que estas moléstias poderiam ser causadas pelo consumo de farinhas e aproveitando o termo grego denomimou-a "Afecção Celíaca" e intuitivamente previu que controlar a alimentação e a dimiuição da ingestão destas farinhas seria o principal tratamento e ele estava certo. Durante os anos que se seguiram, diversos estudiosos, particularmente pediatras, observaram e tentaram compreender os mecanismos desta doença embora tenham obtido poucos avanços.

Mais tarde durante a Segunda Guerra Mundial, o prof. Dicke, pediatra holandês de Utrech, observou que mesmo com o racionamento de alimentos imposto pela Alemanha nazista e a carência alimentar causada pela drástica redução no fornecimento de pão, as crianças holandesas com "Afecção Celíaca" melhoravam consideravelmente, associando este fato ao baixo consumo de cereais em sua dieta.

Esta associação seria confirmada mais tarde por Charlotte Anderson que demostrou por trabalhos em laboratório que o trigo e o centeio continham uma substância que provoca a doença.: O Glúten!.

Logo em seguida, o médico inglês J.W. Paulley observou que a mucosa intestinal de um "celíaco" operado não tinha um aspecto normal, fato confirmado por outros pesquisadores o que levou a um diagnósticos mais seguro. Ficou mais claro a importancia deste diagnóstico quando Crosby e Kugler, na década de 50 inventaram um pequeno aparelho conhecido como "Cápsula de Crosby" o mesmo utilizado até hoje, com pequenas alterações, que permite efetuar biópsias do intestino sem necessidade de operação.

GLÚTEN, O QUE SIGNIFICA ISSO?

É uma pergunta que tenho constantemente respondido á varios clientes que visito ou que acessam meu site em busca de produtos sem glúten, seja por necessidade, curiosidade ou por indicação de nutricionistas e amigos. Ultimamente, tenho notado que o número de pessoas que tentam ou são obrigados a retirar o glúten da dieta tem crescido. Sabe-se que este elemento é pejudicial tanto aos que são inteiramente alérgicos como aqueles que estão com sobrepeso ou problemas intestinais.

Todo mundo já viu nas embalagens de qualquer produto a frase em negrito no final dos ingredientes : "Contém Glúten" ou "Não Contém Glúten". Essa advertência é obrigatória em todos os alimentos industrializados segundo sanciona a Lei 10.647 de 16/05/2003.

Mais o que é o Glúten? Esse vilão para uns é puro modismo e para outros uma dura realidade?

O Glúten é uma proteína ergástica amorfa presente alguns dos principais cereais: Aveia, Trigo, Cevada e Malte, Centeio, etc. e representa 80% das proteínas do trigo e é composta de gliadina e glutenina. O Glúten é responsável pela elasticidade da masa da farinha o que permite a sua fermentação, assim como a consistência elástica espojosa dos pães e bolos. É responsável pela permanência dos gases da fermentação no interior da massa consequentemente aumentando seu volume e após sua coccão este coagula, adquirindo uma consistência firme, evitando a não desinflação do pão ou bolo.